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Indústria automotiva: tendências para 2023

A indústria automotiva faz parte do desenvolvimento econômico do Brasil. Entender seu papel no país é fundamental para acompanhar as mudanças e, consequentemente, as tendências. 

Assim, será possível construir um planejamento para 2023 que visa alcançar ainda mais crescimento e rentabilidade do seu negócio junto ao setor. 

Pensando nisso, listamos a seguir as expectativas e tendências para a indústria em 2023. Continue a leitura para conferir!

O que esperar da indústria automotiva em 2023?

A indústria automotiva possui grande importância para a economia brasileira. Segundo o BNDES, nos últimos anos, o setor automotivo representou cerca de 5% do produto interno bruto (PIB) brasileiro. E ainda, foi o responsável por 20% do PIB da indústria da transformação.

Além disso, o Brasil é o 10º produtor mundial, o 8º no mercado consumidor do mundo e o 4º maior mercado desde 2014!

Dados do anuário da Anfavea afirmam que no país há 27 empresas fabricantes de veículos, com 486 empreendimentos de autopeças (empresas associadas ao Sindipeças) e mais de 4.890 concessionárias. Ou seja, são gerados mais de 1,2 milhão de empregos e um faturamento de mais de R$ 39 bilhões!

A expectativa é de que, em 2023, esses números aumentem. Isso porque a previsão é de que o setor supere a projeção de 2,14 milhões de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus emplacados em 2022, conforme aponta o Automotive Business.

E mesmo com restrições no acesso e aumento do endividamento familiar, as vendas permaneceram altas. A resposta para este comportamento do consumidor está na demanda reprimida causada pela produção reduzida devido à carência de semicondutores.

Inclusive, é preciso mencionar que está prevista a permanência da crise dos semicondutores para 2023, apenas com uma melhora após o segundo semestre. Infelizmente, esta é ainda a maior limitação de produção do setor.

De qualquer forma, só em setembro de 2022, 194 mil unidades de veículos foram vendidas, resultando em uma evolução de 25,1% se comparado com o mesmo período do ano anterior. Esse foi o oitavo mês consecutivo de crescimento nas vendas.

Somados a isso, a média diária de emplacamentos expandiu e alcançou 9,2 mil unidades por dia. E nos primeiros nove meses do ano, o setor alcançou 1,50 mil emplacamentos.

Principais tendências do setor automotivo para o próximo ano

Mesmo com algumas incertezas quanto ao acesso de créditos para os consumidores e aumento de endividamento, alta de inadimplência e falta de semicondutores, a expectativa é de uma conjuntura otimista para a indústria automotiva. 

Os especialistas acreditam que o cenário será revertido e contornado antes que essas questões se tornem de fato problemas. Afinal, há uma certa diminuição na inflação que poderá gerar redução na taxa básica de juros e melhora na inadimplência. 

Diante dessas mudanças, é possível apontar algumas tendências do setor automotivo que devem impactar tanto as concessionárias quanto os lojistas em 2023. Conhecê-las antecipadamente garante maior planejamento e controle na saúde financeira do seu negócio. 

Confira a seguir a lista! 

Permanência do aumento nas vendas de seminovos

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A compra de seminovos continuará sendo tendência da indústria automotiva no próximo ano. Afinal, ainda haverá a crise de semicondutores que resulta no aumento dos preços dos carros novos e na falta de produção.

Portanto, a expectativa é de que o consumidor continue apostando nos veículos seminovos. Como resultado desta crise, esses modelos de carro foram valorizados em até 17% após um ano de uso. 

Ou seja, tem se tornado mais vantajoso adquirir um seminovo visando atingir o sonho de ter um carro próprio de maneira acessível.

Eletrificação e conectividade

A eletrificação dos automóveis é a principal tendência da indústria automotiva, não só para 2023 como para os próximos anos também. Isso se dá devido ao novo comportamento do consumidor e da sociedade. 

Isto é, hoje eles estão mais atentos aos impactos ambientais e as mudanças climáticas ocasionadas pelas emissões de gases do efeito estufa. Dessa maneira, o setor tem realizado a transição do motor a combustão para elétricos.

Assim, surgiram os motores híbridos, elétricos com um ou dois motores, híbridos com etanol (recentemente apontado pela Fiat como um plano de lançamento para 2023) e recarregáveis pela energia do freio.

Dados da Anfavea, citados pela Garagem 360, afirmam que até 2035, a expectativa é de que os carros movidos a gasolina reduzam de 88% para 2% nos EUA. Já no Brasil, há mais de 70 modelos elétricos disponíveis, podendo chegar até 100 no fim do ano.

Por isso, a expectativa é de que a indústria automotiva realize mais testes e invista mais na montagem e prototipagem de modelos que gerem menos efeitos ao meio ambiente. Atendendo, da mesma forma, outro mais novo comportamento do consumidor: conectividade.

Com a população cada vez mais digitalizada, as montadoras precisam ser capazes de idealizar modelos que utilizam recursos e serviços digitais. Isto é, eles esperam veículos com autonomia, eletrificados, ecológicos e conectados.

Experiências do consumidor

A experiência do consumidor tem se tornado assunto de discussão com o passar dos anos. Em diferentes áreas esse tema é a grande preocupação dos negócios que visam rentabilidade e sucesso nos resultados. 

Para a indústria automotiva esse cuidado só tem aparecido ultimamente. Mas entenda! As montadoras e fabricantes de automóveis já compreendem que a experiência do usuário é fundamental para cativar possíveis novos compradores. O que falta aqui é os estabelecimentos de comercialização de veículos entenderem essa importância também. 

Isto é, sua loja ou concessionária, deverá investir em soluções que simplificam a vida do consumidor, o fidelizando. Afinal, cliente satisfeito indica! Por isso, é fundamental que seu negócio saiba como garantir que o processo de comercialização se torne mais simples, ágil e econômico para o seu cliente. 

Digitalização das empresas

Lembra que abordamos sobre o comportamento do consumidor quanto a conectividade? Pois bem! Ele não deseja apenas que isso aconteça nos carros adquiridos, mas também nos serviços prestados. 

Portanto, aposte na tecnologia para tornar suas atividades mais produtivas, rápidas e para melhor se conectar com os clientes. Investir em ferramentas tecnológicas de gestão, que aprimoram os processos, permite agilidade e eficiência. 

A digitalização das empresas do segmento também é fundamental para guiar o cliente durante a jornada de compra e assegurar a excelência na experiência do consumidor, como abordamos acima.  

Assim, você estará assegurando comodidade para o comprador, possibilitando que escolha a forma de atendimento e como deseja manter o relacionamento.

Como atender as demandas?

Os estabelecimentos precisam oferecer serviços cada vez mais digitalizados e focados na experiência do consumidor. Só assim será possível garantir a saúde financeira do negócio, ao mesmo tempo em que promove produtividade para suas atividades diárias. 

Portanto, também é fundamental investir em uma plataforma Renave capaz de realizar a integração de comunicação dos estabelecimentos com o Renave-WS (Serpro) e o SENATRAN e DETRAN. 

E se você ainda tem dúvidas quanto ao Renave, recomendamos que baixe gratuitamente o nosso infográfico sobre o assunto:

Renave Zero KM fase 2: veículos inacabados agora têm registro obrigatório
Renave Zero KM fase 2: veículos inacabados agora têm registro obrigatório

Os veículos inacabados agora são obrigados a passar pelo fluxo do Renave Zero KM. A fase 2 do sistema é dedicada a esta categoria de automóveis para gerar ainda mais segurança e garantir a eliminação de fraudes quanto ao primeiro emplacamento e a clonagem de veículo zero quilômetro.

No texto a seguir explicamos como funciona esta nova etapa e tudo que você precisa saber para se adequar. Confira!

Afinal, qual é a relação dos veículos inacabados e o Renave Zero KM fase 2?

De acordo com o Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), ao instituir o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), os veículos inacabados são definidos por: chassi e plataforma para ônibus ou micro-ônibus; ou ainda chassis de caminhões; caminhonetes; utilitários; com cabine completa; incompleta ou sem cabine; os quais necessitam de complementação antes do registro e licenciamento.

A resolução ainda afirma que esses veículos só podem circular em vias públicas nos períodos diurnos. Além disso, o percurso terá que ser entre os seguintes destinos: pátio do fabricante; concessionário; revendedor; encarroçador; complementador final; posto alfandegário; cliente final; e local para o transporte a um dos destinatários mencionados.

Agora, como essa categoria de veículo está relacionada à fase 2 do Renave Zero KM? É simples! O Registro Nacional de Veículos em Estoque (RENAVE) garante maior segurança e transparência durante as transações comerciais, prevenindo fraudes no emplacamento e clonagem de veículos novos. E agora, os inacabados fazem parte desta lista.

Segundo Luciano Fernandes, gestor de Produto do SERPRO, “esse procedimento evita certos tipos de fraude que se aproveitam de chassis não emplacados para ‘esquentar’ veículos roubados”.

Esse é um cenário, inclusive, bastante comum. Segundo o portal do Governo, em um único dia, a PRF recuperou 3 veículos adulterados, incluindo um que possuía alterações no chassi.

Por isso, para garantir a autenticidade dos veículos inacabados, o Renave Zero KM fase 2, desde agosto de 2022, obriga o registro desta categoria pelo sistema. Até então, esse fluxo era obrigatório apenas para os veículos que saíam de fábrica já completos.

A atualização gera impactos diretos em empresas que comercializam esta categoria de veículo, como os implementadores, transformadores e encarroçadores (ITE). É possível citar também, até mesmo, as concessionárias e revendedores atacadistas que não possuem fábricas no Brasil e vendem este perfil de veículos.

Como funcionará o Renave Zero KM fase 2?

veículos inacabados

Dessa forma, os estabelecimentos, citados acima, deverão realizar suas operações de estoque de maneira integrada com o sistema Renave.

Segundo a SERPRO, os chassis já pré-cadastrados pelas montadoras ficarão bloqueados, não podendo ser emplacados pelos Detrans estaduais enquanto a concessionária ou os ITEs não emitirem o ATPVe (Documento Eletrônico de Transferência) para o consumidor final.

A digitalização do processo de entrada e saída do veículo pelo Renave, facilitará o fluxo de emplacamento de veículos novos e inacabados, além do dia a dia das empresas e dos motoristas.

Portanto, assim como para os veículos Zero KM completos, o estabelecimento que comercializa os inacabados precisará obter a permissão da SENATRAN para operar o Renave através do credenciamento no site do SERPRO.

Uma vez autorizada a solicitação, a empresa deverá informar a nota fiscal e o documento de pessoa jurídica ou física do comprador, de forma eletrônica. Essas informações são essenciais para o correto registro no Detran.

Em seguida, o sistema validará a NF-e, e comunicará a transferência veicular entre os órgãos competentes. Tudo isso só será possível porque a empresa cadastrada fará esse processo diretamente da base de dados do Detran estadual e da Receita Federal.

Ou seja, os passos permanecem o mesmo. A principal diferença, entretanto, está na virtualização do registro e a facilidade de realizar as transações diretamente nas bases dos dados dos órgãos competentes, concluindo todas as etapas em menos de 30 minutos.

No entanto, é preciso destacar que a empresa deverá ter um certificado digital do tipo e-CNPJ A1. Além disso, o Renave é uma solução WebService que utiliza API para a integração. Portanto, o estabelecimento precisará desenvolver uma solução técnica ou contratar uma plataforma Renave especializada capaz de integrar e comunicar com o sistema.

Para recapitular: o que é o Renave Zero KM?

veículos inacabados

O Renave foi desenvolvido pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) para a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) com o intuito de tornar digital a transferência de propriedade do veículo, garantindo maior tranquilidade.

Mas essa é uma iniciativa da Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto) com o apoio da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e da Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

A integração ocorre pelos diferentes órgãos, além dos já abordados, como o da Receita Federal do Brasil e as secretarias de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal.

Sendo assim, o sistema garantirá o desenvolvimento de uma base nacional que viabilize e facilite a comunicação, registro, controle e acompanhamento das transferências comerciais de automóveis e, agora, de veículos inacabados.

O sistema foi idealizado em 2015, mas passou a funcionar somente em 2019 após testes no estado de Santa Catarina. O objetivo principal é modernizar a gestão e comercialização de veículos no país.

O Renave registra a movimentação de compra e venda de veículos mantidos em estoque de acordo com a determinação do artigo 330 do Código de Trânsito Brasileiro.

O Renave Zero KM, assim como a fase 2, é obrigatório em todo o território nacional! Ou seja, sem o devido registro dos estabelecimentos que comercializam os veículos inacabados e novos, o consumidor final não poderá emplacar o veículo com o ATPV-e (Autorização para Transferência de Veículo Eletrônica).

Em conclusão, com o Renave Zero KM é possível ter:

  • Segurança para o consumidor final e estabelecimentos;
  • Agilidade e simplicidade na transferência de propriedade;
  • Formalização da compra e venda de veículos e do mercado.

Regularize o seu estabelecimento

Desde agosto de 2022 que o Renave Zero KM fase 2 tem funcionado. Portanto, o seu estabelecimento deverá se regularizar para que seja possível comercializar, de maneira legal, os veículos inacabados.

E se você deseja entender um pouco mais sobre o Renave, recomendamos que baixe o nosso infográfico para solucionar todas as suas dúvidas. É possível realizar o download gratuitamente clicando no botão abaixo.


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