Vendas diretas de veículos: tudo que você precisa saber!
A modalidade de comercialização de vendas diretas tem ganhado mais destaque no mercado. Isso porque ela tende a beneficiar um certo grupo de clientes, contribuindo para diversas atividades econômicas e para a acessibilidade.
Quer entender mais sobre o assunto? Então continue a leitura! Neste texto você verá as principais informações sobre esse modelo de transação.
Mas afinal, como funciona a modalidade de vendas diretas?
Vendas diretas é uma modalidade de comercialização de veículos destinadas a uma parcela específica de compradores. Aqui o processo ocorre da fábrica direto para o cliente, com condições especiais e sem intermediários.
Contudo, ela pode ser feita com o apoio da consultoria da concessionária. Nesse processo, o estabelecimento pode também entregar veículos ou gerenciar vendas.
Geralmente, o que acontece é uma dinâmica em que o cliente vai até a concessionária, realiza o test drive, escolhe o carro e assina um pedido direto à fábrica.
Ou seja, a compra é feita de maneira facilitada, sem burocracia e sob medida. Afinal, o comprador poderá especificar as condições necessárias para o uso. E, caso não tenha em estoque, a montadora produzirá um veículo que atenda a demanda.
De todo modo, apenas alguns clientes possuem o direito de realizar esse tipo de compra: CNPJ; pessoas com deficiência (PcD); taxista; autoescola; transporte escolar; frotistas; produtores rurais; e locadoras, por exemplo.
A transação tende a ser mais vantajosa financeiramente para esse grupo de clientes devido às isenções legais e os descontos no valor final oferecidos pelas montadoras. Porém, eles variam conforme a versão e o modelo do carro.
Entretanto, os veículos que foram adquiridos com isenções de IPI, IOF e ICMS, só poderão ser vendidos após dois anos. Em caso de mais isenção, a comercialização só deverá ocorrer após três anos.
Cabe destacar também que, para PcD, o carro deverá ser registrado no nome desse cliente, sendo condutor ou não.
Caso não seja o condutor, o veículo poderá ser guiado por representantes legais ou indicados. Aqui, o documento do carro é emitido como “intransferível”, não podendo ter o nome de outra pessoa.
Em resumo, vendas diretas é uma modalidade de comercialização que beneficia um grupo de clientes, contribuindo para a acessibilidade em diferentes formas.
Quais são os impactos dessa modalidade no setor automotivo?
Vendas diretas de veículos tende a ser uma modalidade um pouco conhecida, o que gera certas dúvidas e questionamentos. Contudo, atualmente, esse tipo de comercialização tem crescido, causando impactos no setor como um todo.
Isto é, segundo dados reunidos pela Garagem 360, em agosto de 2022 a modalidade bateu um novo recorde histórico, chegando a 53% do total de vendas do mercado.
Esse é o resultado direto de novas condições comerciais que são negociadas entre as montadoras e as locadoras, bem como aceleração de venda direta a pessoa física e contratos de assinatura.
Ainda são estimados que, de 34 a 35 pontos percentuais das vendas diretas correspondem às locadoras. Isso porque atualmente esse estabelecimento está em processo de recomposição de estoques.
Se ainda abordarmos uma análise realizada pelo portal AutoPapo, podemos afirmar que a venda de carros Zero KM para CNPJ é praticamente a mesma do varejo. E é justamente por isso que os fabricantes têm apostado em versões exclusivas de veículos para as empresas.
Muitas montadoras sempre se preocuparam com esse tipo de comercialização. E em muitos casos, desenvolveram modelos específicos e com combinações adicionais próprias para clientes CNPJ.
Embora, haja versões que de fato acabam sendo oferecidas ao público geral, ainda são poucos exemplos. Na prática, as vendas de certos modelos são destinadas apenas para empresas.
Dessa forma, muitos desses carros só foram parar na mão de pessoas físicas depois de entrar no mercado de usados. O que pode gerar impactos positivos ao cenário dos seminovos, alterando a procura de certos veículos.
Portanto, as vendas diretas, apesar de não parecer, possuem alto efeito no setor automotivo, gerando transformações de comercialização, consumo e de demanda.
A expectativa é de que esse cenário continue se desenvolvendo. Afinal, a modalidade garante acessibilidade aos PcDs e melhores condições a diferentes negócios.
Você sabia que a fase 3 do RENAVE Zero KM é destinada às vendas diretas de veículos?
O Registro Nacional de Veículos em Estoque (RENAVE) Zero KM já se encontra na fase 3 do processo de digitalização da comercialização de veículos. Essa está em vigor desde dezembro de 2022 e é destinada às vendas diretas.
Para o SENATRAN, o grande objetivo com o RENAVE é gerar uma base nacional capaz de viabilizar a comunicação, registro, controle e acompanhamento das transações comerciais dos veículos. O que simplifica a transferência veicular e torna todo o processo mais rápido e produtivo.
E a fase 3 chega para aprimorar ainda mais o sistema. Logo, ela contempla fabricantes que realizam esse tipo de modalidade, concessionárias que entregam ou gerenciam vendas, bem como implementadores, encarroçadores e transformadores (ITE).
A iniciativa foi idealizada pela SERPRO para o Ministério da Infraestrutura. O intuito é continuar na busca pelo combate a fraudes quanto ao primeiro emplacamento, promovendo maior fiscalização dos benefícios tributários. Cabe destacar que esses benefícios são:
- PJ: 12 meses;
- PCD: 4 anos;
- Táxi: 2 anos;
- Táxi c desc. IOF: 3 anos, se financiado.
Em caso de golpes, a transferência de propriedade será bloqueada e o emplacamento impedido de ser realizado.
Dessa forma, assim como as anteriores, a fase 3 evita clonagem e reduz o processo burocrático caso este crime ocorra. Além disso, aumenta o controle quanto às modificações realizadas e também diminui os procedimentos para a comunicação das mesmas.
Destacamos que essa nova etapa funciona com base em alguns cenários para veículos acabados e veículos inacabados. Esse último, inclusive, também é contemplado pela fase 2 do registro.
É essencial reforçar que a adesão ao RENAVE Zero KM é obrigatória! Portanto, é mais do que necessário conhecer essa e as demais fases, e estar em conformidade com o processo.
Para isso, é possível contar com a ajuda de um sistema RENAVE especializado no processo.
Próximo passo
Como vimos ao longo do texto, a modalidade de vendas diretas tem se destacado cada vez mais no mercado. Com isso, é possível que certas mudanças aconteçam com relação à demanda, consumo e até mesmo comercialização de carros.
Por isso, para garantir a segurança dessa transação, a fase 3 da RENAVE, destinada a este processo, já está em vigor desde 2022.
Para conhecer mais dessa etapa e as demais do registro, clique aqui para realizar o download do nosso guia. Nele reunimos todas as informações sobre elas e dicas de como você poderá aderir.